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Obras atrasadas ou paralisadas de mobilidade urbana custam aos cofres paulistas mais de R$ 660 milhões

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Obras atrasadas ou paralisadas de mobilidade urbana custam aos cofres paulistas mais de R$ 660 milhões

Levantamento divulgado pela Corte de Contas paulista aponta que já foram gastos pelo Poder Público R$ 660.191.261,55 em 145 obras atrasadas ou paralisadas no setor de mobilidade urbana – 12,5% do total – no Estado de São Paulo. Os dados fazem parte de atualização do Painel de Obras do TCESP e mostram a situação do primeiro trimestre de 2021. 

Do total de empreendimentos com problemas de cronograma na área (vias urbanas; pontes, viadutos e similares; terminais; VLT, metrô, BRT e similares), 75 obras estão atrasadas e 70 paralisadas; oito são de âmbito estadual e o restante, municipal. 

Com valor inicial de mais de R$ 23 bilhões, a obra da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, considerada o maior empreendimento de infraestrutura do Brasil, não faz mais parte da lista do TCESP. O empreendimento estava paralisado desde setembro de 2016; entretanto, foi retomado por meio de Parceria Público-Privada e tem como nova meta ser entregue à população em 2025. 

. Mais cara 

Com o reinício dos trabalhos na Linha 6-Laranja do Metrô, o município de Guarulhos assumiu a liderança do ranking com o empreendimento mais caro do Estado: a execução de obras viárias do corredor Pimentas, na Rodovia Presidente Dutra, que já custou aos cofres públicos R$ 92.703.366,47. Prevista para ser concluída em 2016, a obra está paralisada desde março de 2019. 

Na lista das obras mais dispendiosas do Estado, São Bernardo do Campo possui dois empreendimentos paralisados desde 2020 – a implantação dos corredores de ônibus São Pedro e Castelo Branco, que juntos, somam quase R$ 80 milhões. 

. Pavimentação 

De acordo com o ‘Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas’ do TCESP, Carapicuíba é o município que possui o maior número de obras de mobilidade urbana com problemas de execução. 

Ao todo, são cinco empreendimentos atrasados – quatro de âmbito municipal, que aguardam recapeamento e serviços de pavimentação asfáltica – a um custo de R$ 30.565.660,83. 

A principal delas é a retomada de execução de obras e serviços para a implantação do Corredor Metropolitano Itapevi-Osasco, no trecho entre Jandira e Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo, somando R$ 26,7 milhões. 

. Painel 

Atualizado no dia 12 de abril, o Painel de Obras do TCESP aponta que o Estado de São Paulo iniciou o primeiro trimestre do ano com 1.156 obras atrasadas ou paralisadas, com investimentos que superam a casa dos R$ 25 bilhões, em valores iniciais de contratos, firmados por meio do Estado e dos municípios. 

Disponível no site do Tribunal de Contas (https://bit.ly/3ySI28m), o levantamento permite ao cidadão verificar a listagem de todos os empreendimentos problemáticos no território paulista. O mapa disponibiliza gráficos que apontam as principais fontes de recursos e a classificação das obras por áreas temáticas (Educação, Saúde, Habitação, Mobilidade Urbana, dentre outros). 

FONTE: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCESP – 02/06/2021.

FOTO: Pexels.

Acesse o Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas do TCESP.


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